top of page
O município de Arroio dos Ratos, localizado à 55km da cidade de Porto Alegre (Rio Grande do Sul), resguarda um dos acervos mais robustos sobre mineração. Como consequência da força da atividade carbonífera na região do Baixo Jacuí, a localidade abriga um arquivo de peso de documentações históricas oriundas dos tempos da extração subterrânea, organizada pelas antigas mineradoras, pela comunidade e setores públicos locais. Servindo como importante fonte para pesquisa sobre cotidiano das empresas e operários da escavação, o acervo conta com acesso público e está localizado em um dos prédios que compõem o complexo do Museu Estadual do Carvão.
Embora descoberto no final do século XVIII, foi só na segunda metade do XIX que o carvão mobilizou a economia no Sul, conferindo à atividade da extração importância continental. Nesse cenário, Arroio dos Ratos ganhou sua fama e, a partir de 1924, passou a abrigar a primeira Usina Termoelétrica não só do Brasil como da América Latina (fornecendo energia elétrica para cidades da região, além de toda uma estrutura edificada e social) que proferiu, aos seus, promessas de um futuro próspero que acabou nunca chegando.
Em diálogo com o passado do Baixo Jacuí, o Museu Estadual do Carvão acolheu o programa de residência artística chamado Subsolo, projeto que teve idealização e curadoria de Taís Cardoso, produção de Carolina Grippa e apoio do Pró-Cultura FAC RS. Interessado em abrir discussões sobre o Arquivo do Museu e a história da mineração na região, o projeto levou a dupla de artistas Isabel Ramil e Marco Antônio Filho a realizarem processos de pesquisa e criação no arquivo e localidade. O resultado do programa foi exibido na mostra "Lá em baixo era outro Mundo" e ainda foi compartilhado através de ações pedagógicas com a comunidade local e com a rede pública de educação.
bottom of page